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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Juízes do CNJ articulam cabresto em Calmon

Confesso que inicialmente acreditei e tive muitas esperanças com o CNJ.
Contudo, como é próprio do Brasil e de nossa cultura de valores sociais, todas as vezes que importamos exemplos ou modelos bem sucedidos de outros países, sérios, logo o adaptamos ao nosso modo sui generis de ser, aos nossos tão conhecidos defeitos de caráter, de formação.
Um deles é que não gostamos de fiscalizar e de policiar, assim como não gostamos de ser policiados e/ou fiscalizados, o que nos leva ao triste conseqüente de que também não gostamos de punir.
Não temos coragem, somos levados a ter pena.
Tudo fruto de nossa herança cultural portuguesa.
(Por que Maurício de Nassau e os holandeses não dominaram o Brasil por completo?..... Por quê?... Triste erro da história....) 
Francamente, a única coisa que me cabe nessa triste forma de vida brasileira que me foi destinada, além do túmulo, é recolher-me.
Esse país só mudará com uma revolução, uma nova descoberta, um novo início, com outra herança cultural, se necessário, de outro povo.
Inté mais, JD.



AE - Agência Estado
Os magistrados que dominam hoje o Conselho Nacional de Justiça articulam uma proposta para colocar um cabresto na corregedora Nacional de Justiça, Eliana Calmon. Com o discurso de que pretende preservar os poderes do CNJ, o conselheiro Sílvio Rocha, juiz federal de São Paulo, quer que todas as investigações, antes de serem abertas, sejam submetidas ao plenário do Conselho. Composto em sua maioria por magistrados, o plenário diria o que pode ou não ser investigado.
A proposta, encaminhada em sigilo aos conselheiros e obtida pelo Grupo Estado, é ainda mais restritiva do que a ideia inicial desse grupo e que gerou a crise interna do Conselho, com a divulgação de uma nota de repúdio às declarações de Eliana Calmon sobre a existência de "bandidos de toga" no Judiciário brasileiro. Os conselheiros ligados à magistratura defendiam que a Corregedoria Nacional apenas atuasse depois de concluídas as investigações nas corregedorias dos tribunais de justiça, que até hoje não funcionam a contento, conforme relatórios de inspeção do próprio Conselho.
O novo texto deixaria a Corregedoria Nacional nas mãos do plenário do CNJ e de seus interesses corporativos. Antes de abrir uma investigação, a Corregedoria teria de submeter à abertura de sindicância aos colegas. Se não concordassem com a investigação, mesmo que preliminar, poderiam simplesmente arquivá-la. Enterrariam a apuração das irregularidades já no nascedouro.

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