Um dia nos entenderão, um dia entenderão nossas teses, um dia a jurisprudência muda, um dia o entendimento muda, um dia o que era entendimento de uma minoria ou de apenas um tenaz e perseverante defensor muda o entendimento de toda uma unanimidade, de, como apregoava Alfredo Augusto Becker: "a capacidade de questionar os aparentes fundamentos óbvios".
Esse é o nosso sacerdócio, esse é o nosso destino!
O curso de Direito, sua estrutura lógica e a cultura que distribui, sendo ainda o melhor curso de carga cultural para formação do estudioso, treina a nossa mente para sermos advogados, defensor intransigente da justiça, da verdade, da ética, da defesa da moral e do respeito às normas, aos contratos, às regras, ao que é certo.
Ninguém estuda Direito em um curso que o formará para ser juiz, promotor, procurador, defensor, etc.
Sua formação é para a advocacia.
E, quer queira, quer não, qualquer outra função que dependa do curso de Direito, não deixa de ser o exercício de uma advocacia, pois, saiu da esfera da defesa dos interesses privados ou de Davi contra Golias e passou-se para defesa do coletivo, do público, do difuso, do social, do Estado.
Lato sensu, não deixa de ser o exercício de uma advocacia; com outra técnica, é bem verdade.
Somos educados para questionar e criticar, mas a crítica saudável, aquela que oferece soluções, que muda paradigmas, que corrige desvios, falhas, especialmente para que os erros não se repitam e tantas outras pessoas fiquem protegidss em sua paz social, que é o fim do Direito.
A função do advogado é tão sublime quanto a do médico. Este lida com a vida, nós lidamos com a liberdade em todo o seu esplendor, seja ela da consciência moral de cada cidadão, seja ela em atos concretos do nosso cotidiano.
O desafio? Como equilibrar liberdade individual com liberdade coletiva?
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