Tome-se o caso de Marina Silva. O inacreditável tem comparecido aos sonhos dela disfarçado de crível.
A presidenciável do PV diz e reafirma: eleita, vai promover “um realinhamento histórico” na política.
Governará o Brasil "com os melhores do PSDB e os melhores do PT". Acha que a propalada “governabilidade” depende da pacificação de petistas e tucanos.
Ouça-se um pedaço do sonho de Marina: "Enquanto o PT e o PSDB não conversarem, vai ficar muito difícil uma governabilidade...”
“...Devíamos ser capazes de estabelecer uma governabilidade básica, onde o PT e o PSDB digam: 'Naquilo que é essencial para o Brasil, nós não vamos colocar em risco a governabilidade'. O Brasil é maior que essas picuinhas".
De fato, com todos os defeitos, o tucanato e o petismo parecem reunir o que há de menos pior na política brasileira.
O diabo é que insistem em se unir ao que há de mais execrável. Vendem o moderno agarrados ao arcaico.
A pregação onírica de Marina é a coisa mais sensata que já foi dita nesta fase de pré-campanha. Por isso mesmo, o mais improvável.
Ah, sim, Marina também falou de meio-ambiente. Tenta converter uma nota em concerto:
"O meu esforço é de mostrar para as pessoas que, longe de ser samba de uma nota só, é construir uma sinfonia, que todos possam fazer parte dessa orquestra...”
Uma orquestra “...que vai mudar a forma de produzir, consumir, se relacionar com a natureza. Só quem não entende da agenda, acha que é samba de uma nota só".
Escrito por Josias de Souza às 17h10
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