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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

NOVOS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO

26/12/2008 - 12h02

Lula sanciona lei que cria 38 institutos federais de educação

Da Redação*
Em São Paulo
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sanciona na segunda-feira (29) a lei que cria 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia no país. Com os institutos, presentes em todos os estados, aumenta o número de vagas em cursos técnicos de nível médio, em licenciaturas e em cursos superiores de tecnologia.

Criados a partir da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, formada pelos Cefets (centros federais de educação tecnológica), escolas agrotécnicas federais e escolas técnicas vinculadas a universidades, os institutos nascem com 168 campi e chegarão a 2010 com 311. No mesmo período, as vagas serão ampliadas de 215 mil para 500 mil.

Os institutos vão oferecer metade das vagas ao ensino médio integrado ao profissional, para dar ao jovem uma possibilidade de formação já nessa etapa do ensino. Na educação superior, haverá destaque para os cursos de engenharias e bacharelados tecnológicos (30% das vagas). Outros 20% serão reservados a licenciaturas em ciências da natureza - o Brasil apresenta grande déficit de professores em física, química, matemática e biologia. Ainda serão incentivadas as licenciaturas de conteúdos específicos da educação profissional e tecnológica, como a formação de professores de mecânica, eletricidade e informática.

Pesquisa
Os institutos terão forte inserção na área de pesquisa e extensão para estimular o desenvolvimento de soluções técnicas e tecnológicas e estender os benefícios à comunidade. Eles terão autonomia, nos limites da área de atuação territorial, para criar e extinguir cursos e para registrar os diplomas. Ainda exercerão o papel de instituições acreditadoras e certificadoras de competências profissionais. Cada instituto é organizado em estrutura com vários campi e proposta orçamentária anual identificada para cada campus e reitoria.

COTAS RACIAIS AINDA NÃO ALTERARAM VAGAS EM FACULDADES

26/12/2008 - 09h21
Cota não altera número de negros na universidade

Ângela Pinho
da Folha de S.Paulo, em Brasília

As políticas de ações afirmativas adotadas até agora por universidades públicas e pelo governo federal, por meio do Prouni, tiveram pouco impacto sobre a participação dos pretos e pardos no ensino superior.
Dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) mostram que, de 2002, quando as universidades começaram a instituir programas de cotas, a 2007, a participação de pretos e pardos no ensino superior público variou 1,8 ponto percentual --passou de 36,4% dos estudantes de graduação do setor para 38,2%. De 2001 a 2002, a variação foi de 2,8 pontos percentuais.
Pretos e pardos são nomenclaturas usadas pelo IBGE para a classificação de raça/cor, a partir da autodeclaração dos entrevistados.
Na rede particular, a presença do grupo passa de 26,2% para 29,5% de 2004 a 2007. A principal ação afirmativa no setor é o Prouni, que desde 2005 concede bolsas a estudantes carentes de escola pública na proporção igual à de pretos, pardos e indígenas de cada Estado.
O baixo impacto das políticas de ação afirmativa adotadas até agora pode ser explicado pelo fato de que a maior parte dos alunos não é afetada por elas.
No Prouni, os 197 mil pretos e pardos que entraram pelo programa desde sua criação correspondem a 45% dos bolsistas. Considerando os que entraram em 2006, porém, o ingresso representou apenas 1% do total de matrículas no ensino superior.
O impacto de cotas em universidades públicas também é restrito considerando-se que três quartos dos estudantes estão em instituições privadas.
Desde 2002, segundo estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), 33 universidades públicas, de ao menos 250, passaram a adotar algum tipo de cota racial.
O projeto de lei que o governo quer aprovar no Congresso prevê que 50% das vagas nas federais sejam reservadas a alunos de escolas públicas, e que esse percentual seja dividido de acordo com a proporção de pretos, pardos e indígenas de cada Estado.
Mesmo se aprovada, porém, a lei terá reflexo pequeno sobre o quadro geral, embora de fato aumentem a presença de pretos e pardos nas instituições federais em que as cotas forem instituídas.
Segundo o mais recente censo do ensino superior produzido pelo Inep, com dados de 2006, as federais respondiam naquele ano por 12,4% das matrículas em todos os cursos de graduação do país.
Caso as vagas para pretos e pardos correspondessem à sua representação na população brasileira -ou seja, 49,8%-, haveria uma reserva correspondente a 3,1% das matrículas no ensino superior.
"Há todo um engodo em torno desse assunto [lei que cria cotas]", diz José Luiz Petrucelli, pesquisador do IBGE, favorável às cotas. "Mesmo se essa lei tivesse sido aprovada e estivesse sendo cumprida, ela não tem um efeito prático muito importante. Tem um efeito simbólico muito importante, por isso tanta polêmica."
Os números acendem no movimento negro uma reivindicação de cotas em todas as universidades, públicas e privadas.
Segundo frei David, da ONG Educafro, essa reivindicação é planejada para daqui a cerca de três anos, já que, na atual lista de prioridades, vêm antes a aprovação do projeto de lei pelo Senado, a criação de bolsas para os alunos cotistas conseguirem se manter nos cursos e o monitoramento do desempenho acadêmico deles, para, segundo afirma, divulgar os benefícios da política para a população como um todo. A idéia não deve encontrar apoio no Ministério da Educação.
Crescimento:
Mesmo com baixo impacto de ações afirmativas, a presença dos pretos e pardos no ensino superior, contando tanto o público como o particular, tem uma trajetória crescente na última década. Em 1998, pretos e pardos eram 18% dos estudantes de graduação. Em 2007, o número já era de 31,5%.
Para Simon Schwartzman, do Iets (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade), a principal razão para o crescimento é o aumento de matrículas, que foi de 187% na última década.
Isso aconteceu no ensino médio. A participação dos pretos e pardos nessa etapa passou de 42% para 50,5%, aumentando o número de pessoas aptas a cursar o ensino superior.
A qualidade da educação é um fator apontado para melhorar o acesso à universidade pela população mais pobre --e, conseqüentemente, de mais pretos e pardos, geralmente associados a essa faixa econômica.
Jorge Abrahão, do Ipea, diz que, aliadas à expansão das vagas nas universidades federais que vem ocorrendo sob o governo Lula, as ações afirmativas poderão produzir um impacto maior do que o de hoje.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

PALAVRAS DE UM PROFESSOR

O Prof. J. M. M. Gurgel expõe o seguinte pensamento acerca de nossa direção titubeada como país:
 
... what we have here is a failure to communicate...
... what we have here is a falilure of imagination....
... what we have here is a failure of interpretation...
... what we have here is a failure of integrity...
... what we have here is a failure of ethics...
... what we have here is a failure of lagislation...
... what we have here is a failure of jurisprudence...
... what we have here is a failure of judgment...
... what we have here is a failure of patience...
... what we have here is a failure of spirit...
... what we have here is a failure of scope...
... what we have here is a failure of touch...
... what we have here ia a failure of meaning...
... what we have here ia a failure of heart...
... what we have here is a failure of character...
... what we have here is a failure of sincerity...
... what we have here is a failure of responsability...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

CRISE MUNDIAL

Texto do Neto, diretor de criação e sócio da Bullet, sobre a crise mundial.  

"Vou fazer um slideshow para você. 
Está preparado? 
É comum, você já viu essas imagens antes. 
Quem sabe até já se acostumou com elas. 
Começa com aquelas crianças famintas da África. 
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele. 
Aquelas com moscas nos olhos. 
Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras. 
Gente faminta. 
Gente pobre. 
Gente sem futuro. 
Durante décadas, vimos essas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto. 
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados. 
São imagens de miséria que comovem. 
São imagens que criam plataformas de governo. 
Criam ONGs. 
Criam entidades. 
Criam movimentos sociais. 
A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza. 
Ano após ano, discutiu-se o que fazer. 
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta. 
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.
Resolver, capicce? 
Extinguir. 
Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta. 
Não sei como calcularam este número. 
Mas digamos que esteja subestimado. 
Digamos que seja o dobro. 
Ou o triplo. 
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo. 
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse. 
Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse. 
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia. Bancos e investidores. 
Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar. 
Se quiser, repasse, se não, o que importa?
O nosso almoço tá garantido mesmo ..."