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sábado, 2 de outubro de 2010

MANIFESTO EM PROL DO SEGUNDO TURNO - A PERDA DE UMA CHANCE - PRESTEM ATENÇÃO EM MARINA

Transmito a excelente missiva do nobre colega Dr. André Ferraz:

 

Prezados,

Não venho aqui para causar terrorismo, tentar impedir o exercício da livre consciência ou a liberdade de sufrágio das pessoas. Muito pelo contrário.

Não falarei aqui, das tentativas de calar a imprensa. Não falarei aqui, dos candidatos cacarecos que apóiam os dois lideres nas pesquisas eleitorais. Não falarei da tentativa de aniquilar partidos. Não falarei da corrupção dentro dos anais do planalto, no gabinete de ministérios. Não falarei da prepotência para com Cristo e com Deus. Não falarei da tentativa de calar aqueles que tentam mostrar a verdade. Não falarei dos flashes de autoritarismo de um ou de outro candidato, ou mesmo de um governo que se encerra.

Na qualidade de cidadão livre e desatrelados de laços políticos ou pessoais de qualquer sorte, sirvo-me deste texto para emanar minha opinião e solicitar uma segunda chance de debate em prol da nação.

Verificamos que, nestas eleições, existiu a tentativa de se impingir um caráter plebiscitário, inclusive com a usurpação de possíveis candidaturas (Ciro Gomes que o diga), com o único fito de evitar um terceiro ou quatro ponto de vista sobre o Brasil.

A priori, não tivemos candidatos.

O que se viu, de um lado, foi uma garota propaganda de Lula, fazendo marketing pessoal deste e marketing negro de Fernando Henrique, numa completa hipocrisia, uma vez que as linhas fundamentais, as bases de ambos os governos muito mais que se assemelham do que se afastam. Não houve a definição de nenhum projeto de futuro para o Brasil, mas o pragmatismo de uma continuidade conservadora que já dura 16 (dezesseis) anos

De outro lado, tivemos o garoto propaganda de si próprio, usurpando para si projetos de um governo que enfrentou diversas crises, mas que conseguiu estabelecer as bases para uma economia forte e independente, com a modernização e eficientização do estado Brasileiro, mas que não pode colher os frutos do seu trabalho, ante a alternância no poder, como é de praxe em sociedades democráticas.

Referido candidato esquivou-se do seu grande apoiador, daquele que lhe deu as condições e garantias necessárias para executar os seus excelentes projetos no Ministério da Saúde, ou mesmo, no Ministério do Planejamento. Esqueceu-se de que, quem sanciona as leis, quem assina as medidas provisórias e quem aprova e executa o plano de governo é o Presidente, com o apoio dos Ministros e equipe de apoio.

Um governo é feito por uma equipe, sempre orientada por um líder, o Chefe do Poder Executivo. Os erros e acertos são compartilhados. Mas ambas as candidaturas esquecem deste fundamento básico da administração moderna.

De um lado, temos o cesaropapismo em torno de Lula, que chega a se comparar a Deus, mas esquece que não governou sozinho, mas com toda uma equipe. Esquece que a Casa Civil, não executa projetos, é mero órgão de coordenação e assessoramento da presidência, apesar de sua desvirtuação para interesses políticos partidários e lobby. TRATOU-SE DE UMA CAMPANHA IMPOSTA PELA IDOLATRIA.

De outro, temos um candidato que entende se resolver em si próprio, entende que os problemas do Brasil dependem de si para serem solucionados. Um candidato nitidamente egocêntrico, apesar de sua inconteste competência e vontade de trabalhar. TRATOU-SE DE UMA CAMPANHA SEM PROJETO E ABSOLUTAMENTE EGOCÊNTRICA.

Entre estes candidatos, houve a tentativa de comparação, não de projetos para o Brasil do Futuro, mas sim entre dois ÍDOLOS. Um forjado pelos profissionais  de marketing e outro forjado pelo seu próprio ego. Ambos, munidos de muita propaganda sem conteúdo. Esqueceu-se do terceiro ÍDOLO, forjado no passado nos mesmos moldes do primeiro e atual presidente, mas alijado do processo eleitoral pelo seu próprio pupilo.

A campanha falhou em conteúdo político, na minudência científica da expressão e não do jargão, em conteúdo ideológico, em conteúdo moral e em conteúdo programático. Uma campanha absolutamente sem fundamento de validade.

EM SENTIDO DIAMETRALMENTE OPOSTO, TIVEMOS A CANDIDATURA TÍMIDA DA EX-MINISTRA DO MEIO-AMBIENTE DESTE GOVERNO QUE SE ENCERRA, MARINA SILVA. Uma candidata afastada do debate eleitoral pelo nosso sistema político, que impede a ascensão natural de líderes, mas que privilegia a venda e o oportunismo de partidos sem ideologia.

AFASTADA, SOBRETUDO, do debate eleitoreiro, plebiscitário, idolatra e egocêntrico entre os vermelhos e os tucanos, uma vez que a discussão em torno de propostas, não interessa aos profissionais de marketing, que buscam apenas vender ilusões, tornar algo essencialmente ruim, em algo aparentemente bom.

Referida candidatura, apesar de tímida, mostrou-se honesta em suas convicções e ideologias, apresentou propostas dignas e condizentes com o trabalho histórico do partido e da candidata, propostas para um futuro tenebroso e sombrio que se aproxima e já se faz presente em determinados momentos. Uma candidata que não apresenta o radicalismo dos cacarecos, que visa o respeito a preceitos e garantias constitucionais da liberdade de opinião, liberdade de propriedade, prosperidade  econômica e livre iniciativa.

Uma candidatura marcada pela presença na candidatura à Vice-Presidência, do Presidente de uma empresa eminentemente brasileira, que se desenvolveu, cresceu e hoje é uma das mais rentáveis e maiores empresas do país, respeitando o meio-ambiente, promovendo inclusão social e desenvolvimento sustentável.

Ao contrário do que se tenta rotular, não te trata de uma candidatura monotemática, que bate na mesma tecla, ou repete a mesma música como um disco arranhado. É uma candidatura que percebe um problema, o maior problema a ser enfrentado pela humanidade, e parte do mesmo como premissa, pensando um Brasil de Futuro que alie prosperidade econômica com respeito ao Meio-Ambiente.

O nosso país tem condições não apenas de ser o celeiro mundial, o maior fornecedor de alimentos. Nós temos condições de sermos pioneiros em desenvolvimento sustentável e, com base nesta premissa, garantir não só a nossa continuidade da nação no futuro, mas a prosperidade da nação para o futuro.

O ÍDOLO Lula, forjado pelo marketing de Duda Mendonça, defende um suposto direito de que nós, como emergentes, podemos poluir, porque os países ricos já poluíram e cresceram e agora é a vez do Brasil fazer o mesmo, para depois falarmos em preservação. Esquece-se que a história mostra os erros do passado, para que possamos evoluir no futuro. Esquece-se que o direito à vida, à perpetuação de nossa civilização, é um direito indisponível da humanidade e não de um ou outro país.

Diversos países europeus, que hoje executam metas firmes e arrojadas de controle de poluentes, despertam o Brasil para a perda de uma chance. A perda da chance de continuarmos como uma das maiores economias com respeito ao meio ambiente.

Infelizmente, o sistema brasileiro não permitiu no primeiro turno que Marina pudesse expressar melhor sua temática e suas propostas para os diversos problemas do Brasil.

Não houve tempo de defender um sistema previdenciário superavitário, saindo do sistema unicamente contributivo e deficitário, para o sistema de capitalização, semelhante ao Chileno. Proposta esta que pertuba os burocratas e apadrinhados políticos. Proposta defendida pela candidatura de Ciro Gomes, mas que fora AUTORITARIAMENTE alijada do processo pelo atual governo. Um sistema que garante a aposentadoria para quem perde a ponta do dedo mindinho, mas que nega aposentadoria para paraplégicos.

Não houve tempo para defender a implantação de um modal logístico integrado, baseado nas ferrovias e hidrovias, meio menos poluente, de forma a reduzir o “Custo Brasil”, que alimenta o inchaço e apadrinhamento estatal.

Não houve tempo para se discutir a reforma agrária, a guerra do campo, um grande precursor dos problemas sociais no País.

A candidatura de Marina, uma possível ida sua ao segundo turno, incomoda não apenas os tucanos, incomoda sobretudo este governo.

A lisura da candidatada Marina impede a atuação do  marketing sujo. O seu desempenho no Ministério do Meio-Ambiente, impede o ataque direto e frontal que não se qualifique como um tiro no próprio pé.

A sua história de vida (ver sua biografia em http://www.senado.gov.br/senadores/senador/marinasi/biografia.asp) é pautada pela superação. Pela superação de diversas doenças, como várias hepatites e uma malária. Pela superação ao analfabetismo, para se formar em história e concluir uma pós-graduação. Em nenhum momento se encostou em partidos ou sindicatos como meio de vida. Sempre trabalhou. Sua vida política é pautada pela ética, pela moral e pelo enfrentamento do sistema. É concebida pelo jornal britânico The Guardian, em 2007, uma das 50 pessoas em condições de ajudar salvar o planeta. Enfrentou a ditadura com dignidade, com difusão de idéias  e não com a difusão de armas. EM SUMA, a sua ida ao segundo turno impede o marketing do cesaropapismo, da idolatria em torno de Lula.

A candidatura de Marina, a sua ida ao segundo turno ,é temida pelos tucanos e pelos vermelhos, na medida em que imporá a estes o debate pelo Brasil, o debate pelo futuro e não apenas o jogo matemático e de marketing de quem fez mais, de qual governo teve mais  ou menos escândalos.

MARINA NO SEGUNDO TURNO, é a chance do Brasil e dos eleitores verem uma eleição democrática, de idéias e de projetos para o futuro. É a chance de pensar o Brasil a longo prazo. É a chance de sair do promessômetro até aqui imposto.

Não venho aqui defender ou pedir voto. Venho aqui pugnar por uma chance de maior discussão, de uma verdadeira discussão de idéias e projeto. Venho pedir apenas uma reflexão sincera e impessoal. Venho pedir que não deixemos o Brasil perder uma chance. Venho pedir uma chance a Marina mostrar no segundo turno, em igualdade de tempo e de condições, suas propostas e discutir projetos para o Brasil, sem Lula, sem FHC, sem Serra, sem Tucanos, Verdes ou Vermelhos. Apenas duas pessoas, mulheres ou homens discutindo em prol do país e do nosso futuro.

Atenciosamente

ANDRÉ FERRAZ

Advogado, cidadão e eleitor livre.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

CNJ PRESSIONA GOVERNOS PARA PAGAMENTOS DE PRECATÓRIOS

Publicada em 01/10/2010

Justiça pressiona governos a pagarem R$ 84 bilhões a cidadãos em precatórios

Geralda Doca
BRASÍLIA - A dívida do poder público (União, estados e municípios) com os cidadãos - os chamados precatórios, que são causas ganhas na Justiça - atingiu R$ 84 bilhões. Ao todo são 279 mil processos, sendo que 90% deles se referem a créditos de natureza alimentar (causas trabalhistas e desapropriação, por exemplo). Os números foram divulgados nesta quinta-feira pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que reuniu em Brasília representantes dos tribunais para forçar os governos a honrarem o débito. Apenas a União, que responde pela menor parte, está em dia.
Porém, ficou acertado que a partir de janeiro entrará em funcionamento um sistema de informática que vai bloquear repasses dos fundos estaduais e municipais aos inadimplentes. Esse sistema vai interligar os tribunais, o CNJ e o Tesouro Nacional. Já há uma resolução do CNJ (115, de 29 de junho de 2010) que prevê o bloqueio dos repasses aos inadimplentes. Mas, para que a norma entre em vigor, é preciso implantar o sistema. O modelo foi apresentado no encontro nesta quinta-feira.
Pela legislação (Emenda Constitucional 62/2009), 1,5% da receita líquida tem de ser destinado ao pagamento dos precatórios. Idosos e doentes graves têm prioridade no recebimento. No entanto, a maioria dos estados e municípios, segundo o CNJ, não cumpre a norma. O Orçamento da União reserva anualmente cerca de R$ 9 bilhões para essa finalidade.
- Vamos agilizar o cadastro dos inadimplentes para forçar o pagamento - disse o conselheiro do CNJ, ministro Milton de Moura França.
Para analista, pagamento deve ser parcelado Ele afirmou que o CNJ quer ampliar o percentual de 1,5%, para fazer com que a dívida seja realmente paga em 15 anos, conforme prevê a legislação.
- Com esse percentual não dá para pagar toda a dívida, nem os atrasados nem os novos precatórios que vão surgir no decorrer do período - disse o ministro, acrescentando que o assunto será discutido e uma nova resolução do CNJ será baixada ainda este ano.
Para o especialista em contas públicas Raul Velloso, o montante de R$ 84 bilhões é muito elevado e tem impacto direto nas contas públicas:
- É uma dívida tão grande que é quase impagável. Por isso, ninguém conta com ela - diz ele, que defende um parcelamento especial.
Fonte: O Globo Online - 30/09/2010

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O mal a evitar. Editorial do Estadão

Editorial: O mal a evitar

25 de setembro de 2010 | 17h 02


A acusação do presidente da República de que a Imprensa "se comporta como um partido político" é obviamente extensiva a este jornal. Lula, que tem o mau hábito de perder a compostura quando é contrariado, tem também todo o direito de não estar gostando da cobertura que o Estado, como quase todos os órgãos de imprensa, tem dado à escandalosa deterioração moral do governo que preside. E muito menos lhe serão agradáveis as opiniões sobre esse assunto diariamente manifestadas nesta página editorial. Mas ele está enganado. Há uma enorme diferença entre "se comportar como um partido político" e tomar partido numa disputa eleitoral em que estão em jogo valores essenciais ao aprimoramento se não à própria sobrevivência da democracia neste país.

Com todo o peso da responsabilidade à qual nunca se subtraiu em 135 anos de lutas, o Estado apoia a candidatura de José Serra à Presidência da República, e não apenas pelos méritos do candidato, por seu currículo exemplar de homem público e pelo que ele pode representar para a recondução do País ao desenvolvimento econômico e social pautado por valores éticos. O apoio deve-se também à convicção de que o candidato Serra é o que tem melhor possibilidade de evitar um grande mal para o País.

Efetivamente, não bastasse o embuste do "nunca antes", agora o dono do PT passou a investir pesado na empulhação de que a Imprensa denuncia a corrupção que degrada seu governo por motivos partidários. O presidente Lula tem, como se vê, outro mau hábito: julgar os outros por si. Quem age em função de interesse partidário é quem se transformou de presidente de todos os brasileiros em chefe de uma facção que tanto mais sectária se torna quanto mais se apaixona pelo poder. É quem é o responsável pela invenção de uma candidata para representá-lo no pleito presidencial e, se eleita, segurar o lugar do chefão e garantir o bem-estar da companheirada. É sobre essa perspectiva tão grave e ameaçadora que os eleitores precisam refletir. O que estará em jogo, no dia 3 de outubro, não é apenas a continuidade de um projeto de crescimento econômico com a distribuição de dividendos sociais. Isso todos os candidatos prometem e têm condições de fazer. O que o eleitor decidirá de mais importante é se deixará a máquina do Estado nas mãos de quem trata o governo e o seu partido como se fossem uma coisa só, submetendo o interesse coletivo aos interesses de sua facção.

Não precisava ser assim. Luiz Inácio Lula da Silva está chegando ao final de seus dois mandatos com níveis de popularidade sem precedentes, alavancados por realizações das quais ele e todos os brasileiros podem se orgulhar, tanto no prosseguimento e aceleração da ingente tarefa - iniciada nos governos de Itamar Franco e Fernando Henrique - de promover o desenvolvimento econômico quanto na ampliação dos programas que têm permitido a incorporação de milhões de brasileiros a condições materiais de vida minimamente compatíveis com as exigências da dignidade humana. Sob esses aspectos o Brasil evoluiu e é hoje, sem sombra de dúvida, um país melhor. Mas essa é uma obra incompleta. Pior, uma construção que se desenvolveu paralelamente a tentativas quase sempre bem-sucedidas de desconstrução de um edifício institucional democrático historicamente frágil no Brasil, mas indispensável para a consolidação, em qualquer parte, de qualquer processo de desenvolvimento de que o homem seja sujeito e não mero objeto.

Se a política é a arte de aliar meios a fins, Lula e seu entorno primam pela escolha dos piores meios para atingir seu fim precípuo: manter-se no poder. Para isso vale tudo: alianças espúrias, corrupção dos agentes políticos, tráfico de influência, mistificação e, inclusive, o solapamento das instituições sobre as quais repousa a democracia - a começar pelo Congresso. E o que dizer da postura nada edificante de um chefe de Estado que despreza a liturgia que sua investidura exige e se entrega descontroladamente ao desmando e à autoglorificação? Este é o "cara". Esta é a mentalidade que hipnotiza os brasileiros. Este é o grande mau exemplo que permite a qualquer um se perguntar: "Se ele pode ignorar as instituições e atropelar as leis, por que não eu?" Este é o mal a evitar.

RODEIOS: MALTRATO COM ANIMAIS

2 MISTÉRIOS DO WORD

COMO SE DIZ LÁ NAS MINAS GERAL:

"É MUITA DOIDEIRA SÔ!"

JD


 

2 MISTÉRIOS DO WORD

CASO 1

Faça o seguinte:
1. Escrevam no 'Word' em letras maiúsculas: Q33 NY (referente a quadra 33 de Nova Iorque, que é onde estavam as torres gemeas do dia 11 de Setembro 2001).
2. Selecionem e aumentem o tamanho da letra para 72.
3. Selecionem e mudem o tipo de letra para Wingdings.

Veja o resultado.


Caso 2 - ESSA EU QUERO VER QUEM EXPLICA...

Para esta nem o Bill Gates encontrou explicação :
1. Abra o Word
2. Escreva: =rand(200,99)
3. Tecle enter e espere 3 segundos.
O que isto???
Alguém consegue explicar???
 


 

Q33 NY

Q33 NY




 


 

=rand(200,99)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Paulo Henrique Amorim: como a Globo fraudará a eleição de Dilma

http://www.conversaafiada.com.br/pig/2010/09/28/o-golpe-capitulo-995-como-o-jn-vai-usar-o-datafalha/

Paulo Henrique Amorim: como a Globo fraudará a eleição de Dilma

Diante do retumbante fracasso do jenio (José Serra) no debate da Record, este ordinário blogueiro reafirma uma de suas teses mais antigas: a baixaria é a última bala do Serra. (Outra, também de sua predileção: o Vesgo do Pânico tem mais chance de ser Presidente da República do que o Serra.)

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada

Nesta última semana, o Ali Kamel, o mais poderoso jornalista que a Globo já teve, disporá de variado conjunto de baixarias para destruir a Dilma. Vamos tratar delas, aqui.

- Manipular o Globope e o Datafalha.Essa é uma arma clássica. Um bacamarte do PiG (*) e da elite branca (no caso de São Paulo, a elite é separatista). Só no Brasil pesquisa de opinião pública tem essa importância. É porque ela se tornou um instrumento do PiG (*) para manipular (da margem de erro à amostragem) e favorecer o candidato não-trabalhista.

Hoje, dois institutos de pesquisa mineiros — Vox e Sensus — conseguiram quebrar o monopólio do Datafalha e do Globope. Mas, eles não têm a repercussão que o PiG (*) dá aos outros, tradicionais.

Amigo navegante me diz que, uma semana antes da eleição, o Montenegro do Globope não erra mais. Já errou tudo o que tinha que errar. Tenho as minhas dúvidas. A capacidade de errar do Montenegro é infinita.

- Anabolizar outro escândalo.Conversa Afiada desconfia que exista uma central de produção de escândalos, uma espécie de McDonalds da Baixaria.Uma central única de trabalhadores do Golpe. Eles produzem a “reportagem”, a distribuição da “reportagem”, a repercussão da “reportagem”, a réplica da “reportagem” e a re-alimentação da “reportagem”.

O Ali Kamel entra com a edição da “reportagem”. Entra com a distribuição das ênfases. Como aconteceu no jornal nacional de sábado. O Estadãoproduziu a 267ª. denúncia da semana. Aí, o jornal nacional fez uma longa reportagem sobre a denúncia. Um VT completo, com repórter política de Brasília, que, com o que resta de sua credibilidade, dá uma mão de verniz na “reportagem”.

Aí chove desmentido, que torna a “reportagem” um não-evento. Os desmentidos aparecem sem VT, rapidinho, na boca do locutor, um amontoado em cima do outro. Quer dizer, a denúncia do outro, do Estadão, merece crédito. Os desmentidos vão para o ralo do Kamel.

- Editar o debate da GloboEssa é uma velha trapaça da Globo. Foi o que ela fez na eleição do Collor e quando levou a eleição de 2006 para o segundo turno. Utilizar o jornal nacional de sexta e sábado para desmoralizar o candidato trabalhista, sem direito a resposta. Já não haverá tempo no horário eleitoral para desmontar a patranha. No jornal nacional não haverá espaço para desmentir o jornal nacional.

Então, mesmo que o jenio tenha desempenho desastroso como no debate da Record, o Kamel o transformará num Churchill. E a Dilma será devidamente destroçada, como o Ali Kamel de então fez com o Lula diante do Collor: tudo o que o Collor fez de bom e tudo o que a Dilma fez mau.

A esse VT se segue um editorial do Alexandre Maluf Garcia, para dizer que a Democracia se constrói com a vitória do Serra. (Depois o Eugênio Bucci vai dizer no Estadão que Liberdade de Imprensa é isso aí. Quantos Bucci cabem num Eugênio ?)

- Coonestar a fraude da urna eletrônicaA Globo é especialista na matéria. Na primeira eleição do Brizola para governador, a Globo coonestou a patranha que o SNI, a Polícia Federal e uma parte da Justiça Eleitoral montaram para roubar a eleição no computador. O Ali Kamel conhece o assunto, porque mereceu um modesto livro deste ordinário blogueiro para comprovar o papel criminoso da Globo —Plim-Plim — A Peleja de Brizola contra a Fraude Eleitoral.

Se a eleição terminar apertada, é perfeitamente possível roubar no computador. O Stanley Burburinho, recentemente e neste ordinário blog, já demonstrou isso. Eleição no computador sem “papelzinho”, como dizia o grande Brizola, é convite à fraude. Só no Brasil a eleição no computador não tem papelzinho. Trata-se de uma contribuição de Nelson Jobim, Eduardo Azeredo e Marco Aurélio de Mello á Civilização Pós-Moderna do Ocidente.

Se persistir alguma dúvida, leiam no Valor de hoje, pág. B3, um perfil de Silvio Meira, um dos responsáveis pela criação do “Porto Digital”, em Recife, que hoje abriga 160 empresas de TI. Diz Meira, “Sistema de urna eletrônica está furado”. Qualquer hacker de quinta categoria, desses que poderiam estar a serviço do Graeff, qualquer um pode violar o sistema de apuração do TSE de forma “relativamente simples”, diz o Meira. É a sopa no mel.

O hacker viola, a eleição mela, tem que haver uma recontagem na Florida, edição extra da Fox (jornal nacional) diz que o Bush ganhou, vai tudo para o TSE, o Gilmar Dantas assume a vaga de titular — e o Serra vence, por estreita margem. E dá uma entrevista gloriosa na bancada do Casal 45 (William Bonner e Fátima Bernades, que se mostrarão em êxtase profundo). Antonin Scalia é o que não falta.

- A última arma: a testemunha-bombaLivros que analisam a manipulação da televisão para fraudar uma eleição costumam dar dois exemplos clássicos: a edição do debate da Globo para eleger o Collor. E o que a Televisa (a Globo do México) fez para eleger o Carlos Salinas de Gortari.

Salinas, como se sabe, foi precursor da frente neoliberal que arrasou a América Latina e da qual o Farol de Alexandria é expoente. Salinas entregou a telefonia do país inteiro ao Carlos Slim e fez dele o homem mais rico do mundo. O irmão de Salinas, campeão da privatização dos telefones, morreu na cadeia. Salinas fugiu para a Irlanda.

Na véspera da eleição contra Cuháutemoc Cárdenas em 1988, apareceram na televisão uns camponeses para dizer que eram maltratados na fazenda da família de Cárdenas. Testemunhas-bomba de última hora. Com a cara de infelizes, vilipendiados, perseguidos por patrões impiedosos. Testemunhas que falavam à alma do povo mexicano. (Depois, soube-se, eram uns patranheiros, a soldo da campanha do Salinas.)

Deu-se a eleição. Com patranha e tudo, Cárdenas saiu na frente na apuração pelo computador. De repente, com a ajuda decisiva da Televisa, se disse “se cayó el sistema” — o sistema pifou. Depois de dias de impasse, houve a recontagem, Salinas ganhou e a Televisa celebrou com o Casal 45 dela, um âncora famoso no México de então, Jacobo Zabludovsky.

No programa 24 Horas, Jacobo era uma combinação de Casal 45, a urubóloga (Mirian Leitão), o Waack e o Jabôr, numa só pessoa. No gabinete ao lado do presidente Salinas havia um pequeno estúdio, sempre pronto para entrar em ação. Era dali que, quando bem entendesse, concedia entrevistas “exclusivas” à Televisa. (Este ordinário blogueiro o entrevistou ali mesmo.)

Ali Kamel pode ter uma testemunha bomba escondida na manga: um camponês que trabalhou nas terras do pai da Dilma na Bulgária. Um torturador da Dilma pode contar se ela “cantou” sob tortura. Um empregado da lojinha da Dilma pode dizer que ela não recolhia do Fundo de Garantia. Um guerrilheiro das Farc vai dizer que a Dilma o ensinou a atirar. (Para assaltar banco, a aula era com o Aloysio Nunes Ferreira.)

Um membro do PCC vai confessar que a Dilma o protegia na Casa Civil. O Fernandinho Beira-Mar contará que, sem a Dilma, não teria conseguido enriquecer. O Nem da Rocinha vai dizer que a Dilma é chegada a um pagode lá em cima. Testemunha é o que não falta. Zabludovsky muito menos.

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

UNIÃO É CONDENADA A INDENIZAR ADVOGADO PELO FATO DE JUÍZA TER EXIGIDO BECA E GRAVATA PARA FAZER AUDIÊNCIA

Quanto abuso!
Ainda demorará muito para que possamos ser um país de respeito às leis e de busca do bem comum.
É terra de muito cacique e poucos índios.
JD


Juíza de MG impede advogado de sentar-se à mesa por não estar de beca ou gravata
Considerando a beca e a gravata vestimentas imprescindíveis, uma juíza da 3ª vara do Trabalho de Juiz de Fora/MG impediu um advogado que não usava os trajes de sentar-se à mesa de audiências, permitindo sua presença apenas dentro da sala.
O causídico entrou com ação de indenização por danos morais contra a União, que foi julgada parcialmente procedente pelo juiz Federal Leonardo Augusto de Almeida Aguiar.
Segundo o magistrado, faltou "razoabilidade" à juíza, pois embora incorporado à rotina forense e afeto ao tradicionalismo dos Tribunais, "o uso do paletó e gravata não tem obrigatoriedade imposta na lei".
Na decisão, o juiz salientou que "a legislação não exige como requisito para participação das audiências que os advogados estejam trajados com paletó e gravata, beca ou qualquer outra vestimenta. Na verdade, a norma determina que os advogados estejam trajados de forma adequada ao exercício da profissão".
Ainda de acordo com o juiz, a conduta da juíza resultou em uma "violação aos direitos da personalidade". 
Processo n. 2009.38.01.706754-3
Autor: Fábio de Oliveira Vargas
Réu: União

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Voto do Min. Ayres Brito sobre a ficha limpa

"A palavra candidato se autoexplica, vem de cândido, puro, limpo, no sentido ético.
Tanto quanto candidatura vem de candura, pureza, limpeza, igualmente ética" Ministro Ayres Britto, a favor da lei da ficha limpa.

domingo, 26 de setembro de 2010

TRECHO DE UM DOS ÚLTIMOS SERMÕES DE MARTIN LUTHER KING JR.

TRECHO DE UM DOS ÚLTIMOS SERMÕES DE MARTIN LUTHER KING JR.
Por Martin Luther King Jr. - Fevereiro de 1968.

Se você estiver por perto quando chegar o meu dia, eu não quero um longo funeral. Se você for pedir a alguém que faça algum elogio, diga-lhe para não falar muito. Eu quero expressar o desejo acerca daquilo que gostaria que fosse dito neste dia. Peça que não mencione que eu tenho um Prêmio Nobel da Paz, porque isso não é importante. Peça que não se mencione que eu recebi 300 ou 400 outros prêmios, porque isso não é importante. Peça que não se mencione onde estudei. Eu gostaria que se mencionasse nesse dia que Martin Luther King Jr. tentou dar a sua vida para servir aos outros. Eu gostaria que alguém dissesse naquele dia que Martin Luther King Jr. tentou amar os outros. Eu gostaria que se dissesse que eu tentei ser justo com a questão da guerra. Eu gostaria que alguém fosse capaz de dizer que eu tentei alimentar os famintos. Eu gostaria que alguém dissesse que em minha vida eu tentei vestir quem estava nu. Eu gostaria que alguém dissesse em meu dia que em minha vida tentei visitar aqueles que estavam presos. Eu gostaria que dissessem que eu tentei amar e servir a humanidade. Sim, se você for dizer alguma coisa, diga que eu tive um grande projeto. Diga que o meu projeto maior foi pela justiça. Diga que o meu desejo maior foi pela paz. Diga que o meu anseio maior foi a justiça. Tudo o demais foi apenas uma sombra disso. Eu não tenho dinheiro para deixar. Eu não tenho coisas caras e luxuosas para dar. Mas eu quero deixar uma vida compromissada. É isso que eu quero que se diga quando chegar o meu dia.

Disponível em: Religião, Utopia e Sociedade. Diálogos com Martin Luther King Jr. e Richard Shaull. Ed. Aliança de Batistas do Brasil, 2009, p. 28,29.