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terça-feira, 8 de setembro de 2009

ACORDO BÉLICO ENTRE BRASIL E FRANÇA

Como comentamos em outras postagens, se o Brasil pretende vaga no assento da Assembléia da ONU para Segurança, começa tarde sua definição de reaparelhamento militar. Mas, antes tarde do que mais tarde ainda...
Inclusive porque era necessário demonstrar a mesma capacidade de renovação frente a Venezuela. Qualquer acordo militar do Brasil interessa aos EUA para auxiliá-los na pressão contra Hugo Chavez, apesar do Brasil (Lula) dizer que é amigo do novo ditador sul-americano. Mesmo porque, esse acordo em questão de tônus militar não significa nada para os EUA.
Soberania nada tem a ver com Autonomia, que era o discurso moderado, sob pressão, sob mando, dos governos anteriores.
Soberania, para comprovar sua independência com autonomia, é algo que somente pode ser exercido com força bélica. Já comentamos esse assunto em postagens anteriores.
É a velha máxima da sabedoria da guerra: se você quer a paz, prepare-se para a guerra.
Soberania só se demonstra e só se exerce com força bélica. Com força bélica, no relacionamento entre países, passa-se a ser respeitado no cenário internacional.
O acordo, apesar não ter sido o melhor financeiramente, parece ser o mais interessante no quesito transferência tecnológica, que é extremamente necessário para quem postula vaga na ONU.
E se justifica mesmo, pois a defesa do petróleo do pré-sal somente será possível com aparelhamento militar. Entendem como soberania anda de mãos dadas com autonomia?
Relembrando, Os EUA reativaram a IV Frota, responsável pela vigilância do Atlântico, que estava sem funcionar desde a II Guerra Mundial, logo após o anúncio da descoberta de petróleo nessa região profunda do mar, sob a desculpa de vigilância contra terrorismo.
Qual o primeiro ato da IV Frota reativada? Vir ao Brasil fazer exercícios bélicos em conjunto com a Marinha e a Aeronáutica brasileira e argentina.
Quem come essa farofa? Só os tolos e incautos!
Os EUA vieram dar pessoalmente seu cartão de visita, sem mandar nenhum representante. Mostrou como ele monitora o Atlântico, sua agilidade e sua robustez, com um porta-aviões que sequer pôde ancorar na baía do RJ, visto ser muito pequenininho...
Outra coisa: Os EUA postulam na ONU a redução do mar territorial do Brasil.
Que quer dizer isso? Se o petróleo, alegado pelo Brasil como seu, estiver em águas internacionais, passa a ser de quem chegar primeiro.
O EUA estão proibidos de buscar jazidas de petróleo no mar, após o acidente do big navio petroleiro Exxon Valdez no Alasca.
Mas, os EUA possuem muitas reservas de petróleo, no mar inclusive. Só que, por enquanto, ainda é mais barato para ele importar dos países produtores, estejam onde estiver, sugando suas jazidas, a explorar as suas próprias. Lógico, se um dia faltar no mundo, seja pela ausência do óleo, seja em razão de guerra, os EUA não dependerá de ninguém. E depois, logicamente, venderá com valor muito maior.
A Petrobrás alardeia que só ela tem tecnologia para o mar profundo. Vá acreditando...
Deve ser uma dificuldade para um país que todo mês manda uma nave ao espaço começar a produzir petróleo de águas profundas, especialmente se estiver sem águas internacionais, onde o local não é de ninguém e sim de quem chegar primeiro, como ocorreu com a Antártica.
Para os EUA é até interessante que outra pessoa se esforce em tecnologia para assuntos que ainda não lhes afeta e que, posteriormente, sob qualquer oferta mercantil, passará a ter parte.
Veja o nosso etanol, que eles já estão investindo na aquisição de tecnologia e produto aqui mesmo, cujo passo seguinte será permitir a exportação sem nenhuma tarifação, debaixo de um acordo comercial, como muito 'marketing', dizendo que estão abrindo uma exceção estratégica ao Brasil, por serem os maiores consumidores do mundo, que significa mais investimentos, blá, blá, blá, blá...
Outro ponto é a supremacia comercial do EUA na China, como sócio investidor.
Todo mundo comenta sobre o crescimento chinês, PIB, etc.
Oxente! Quem gosta mesmo é seu maior sócio, os EUA. E o lucro da China está aplicado nos EUA. Captaram?
Mas, o interessante da notícia abaixo é outra que consta em suas entrelinhas.
Entenda porque os EUA é a Super Potência mundial.
O gasto brasileiro, com tempo previsto para financiamento em 20 ou 30 anos, representa apenas 1o dias de atividade militar dos EUA. Impressionante!
Nesse ponto, vemos que, apesar de todas as notícias atuais relacionadas ao Iraque e ao Afeganistão, os EUA são bem comedidos no uso de sua força.
Na verdade é porque existem outros contrapesos: Europa, Rússia e China. Não que sejam mais fortes que os EUA, mas seria um grande estrago esses países disputando uma queda de braço.
JD.
P.S. Como o negócio ainda não foi fechado, apesar do Pres. Lula ter cometido a gafe de anunciar como concretizado com o Gov. Francês, eu optaria pelo caça da Suécia, o Saab Gripen.

08/09/2009 - 04h10

Acordo entre Brasil e França equivale ao gasto dos EUA em 10 dias

da Folha Online

Hoje na Folha

Com o acordo assinado ontem com a França, o Brasil começa a enterrar o discurso de que ser pacifista significa ter Forças Armadas mínimas, informa reportagem de Igor Gielow, publicada nesta terça-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal). Mas nem por isso se transformará numa potência militar a ameaçar os seus vizinhos.

Os valores envolvidos só encontram similares no mundo emergente nos gastos da Índia --que irá comprar US$ 11 bilhões em aviões de combate em breve. Mas os mais de R$ 30 bilhões a serem gastos em 20 anos na compra de submarinos, helicópteros e caças representam cerca de dez dias do gasto militar americano em 2008.

Não deverá haver impacto significativo no gasto militar proporcional ao PIB, hoje na casa dos 1,5%. É compatível com a média de 1,3% da América Latina, mas no caso brasileiro mais de 80% são gastos com salários e pensões. Ainda assim, para fins de comparação, o gasto previsto para o PAC neste ano está em R$ 22 bilhões.

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