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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Extrema corrupção

GAZETA MERCANTIL – Seção Bahia, 18.07.00

Extrema corrupção

The day after, Apocalipse now e Water world, exemplos de mega produções – campeões de bilheteria, nos quais Hollywood experimenta e simula a fórmula de tentar decifrar enigmas e mistérios cabalísticos após a total destruição terrena, é um tema que interessa a todos. Surpreendentemente, o homem teme, desconhece e envergonha-se do mais antigo, atual e verdadeiro vernáculo conhecido desde os primórdios até então – a Bíblia sagrada. Ela traça do Gênesis ao Apocalipse a trajetória da criação à consumação, narrada através de iluminados profetas e discípulos que encerraram dois mananciais de sabedoria, conhecidos como velho e novo testamentos.

A Palavra de Deus assusta quando anti-cristos apontam ‘Ei-lo ali’ ou indicam data e hora para o final dos tempos, ou, ainda, quando surpreendidos pelo perigo e sofrimento terminal, clamam pelo seu nome.

‘Impérios’ são construídos por homens – empresários e políticos, mas esses não são alvo da curiosidade e crítica tanto quanto o Império Espiritual, que opera maravilhas e transformações nos corações e mentes humanas. Este sim, incomoda a todos que ignoram a palavra de Deus.

Durante todos os dias, potencialmente, temos respostas para todas as incertezas, angústias e provações que passamos, mas tememos que Ele não conduza os nossos passos como gostaríamos e então perdemos a oportunidade de encontrar o rumo para as nossas vidas. O cantor Renato Russo, em ‘Monte Castelo’, música de sua autoria, afirmou que ‘só o amor é que conhece o que é verdade’ e que ‘agora vemos em parte, mas depois veremos face a face’. Ele utilizou a primeira carta de apóstolo Paulo aos Coríntios, capítulo 13, mais conhecida como I Coríntios 13, como fonte inspiradora da sua magnífica canção. Ele provavelmente procurou e teve sede da verdade e a encontrou nesse trecho bíblico.

No berço da civilização acadêmica – os EUA alavancaram, com amostra significativa na cidade de Boston, cerca de 170 universidades, um verdadeiro arsenal cultural bibliográfico estruturado, e, nesse mesmo país, potência mundial, o evangelho foi historicamente semeado pelo líder Martin Luther King, através do marco bibliográfico imortal – a Bíblia, que, apesar de aparentemente obsoleta e destituída de neologismos, contempla nas suas linhas e entrelinhas todas as etapas vivenciadas pela humanidade até então, livro que apaga todas as letras dos mais respeitáveis e reverenciados mestres mortais de todos os tempos.

É veemente a necessidade de diagnosticar a extrema crise dita político-econômica que desconstrói horizontes e mentes em busca da razão e solução. Portanto, numa jornada estressante e aleatória, ‘prospera’ a prática da iniqüidade, das paixões e da insensatez, presente na prepotente certeza dos que plantam e colhem o fruto semeado, não sob o deturpado rótulo de castigo, mas de retorno de suas próprias ações conscientes. ‘Pois quem conhece o bem e não o faz, este comete o pecado’ (Tiago 4:17).

Mais do que nunca, a Bíblia torna-se o best seller do milênio, vale conferir suas parábolas, capítulos e versículos, quando de modo tão claro e simples nos conduz a uma cadeia concatenada de verdades absolutas, quando menciona que ‘o homem natural não compreende as coisas do Espírito, pois lhe parecem loucura e não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente’(I Coríntios 2:14) e ‘por se multiplicar a iniqüidade o amor de muitos esfriará’(Mateus 24:12), e ao tentar encontrar a paz espiritual depara-se com o ocultismo, na medida em que ‘surgirão falsos profetas e enganarão a muitos’(Mateus 24:11), portanto ‘tende cuidado para que ninguém vos faça sua presa, por meio de filosofias e vãs sutilezas segundo a tradição dos homens, senão segundo Cristo, porque n’Ele habita corporalmente toda a plenitude da divindade’(Colossenses 2:8).

Então nos perguntamos: ‘de que adianta o homem ganhar o mundo e perder a sua alma?’ (Marcos 8:36). Mas o inimigo não dá vez a quem no pecado persiste, e por essa razão prolifera a ‘extrema corrupção nos últimos tempos’, título situado em II Timóteo 3:1 a 9, quando alerta que ‘nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes se si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos e profanos’.

‘Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus. Tendo aparência de piedade, mas negando sua eficácia. Destes afasta-te. Que aprendem e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade, sendo corruptos de entendimento e não irão avante, porque a todos será manifesto o seu desvario’.

Portanto, transcrever estas palavras, não é mais do que contemplar a nossa realidade e compreender que a extrema corrupção aqui detalhada, configura a pior e mais irreversível das crises que assola a civilização – a crise espiritual dos homens.

Maria de Fátima Ferraz Silva, Administradora pública e de empresas, pós-graduada em relações Públicas e auditora fiscal.

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