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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Calamandrei. Advogados e juízes

Quando digo que advogado não tem vida, tem prazo...
Calamandrei já ensinava o mesmo.
Confiram:

Calamandrei ("Eles, os Juízes, vistos por nós, os Advogados", Livraria Clássica Editora, 2ª ed., 1943, págs. 191-192) em sua tão citada obra:
"Feliz és tu, juiz, que podes seguir no teu trabalho o regulado ritmo do horário da profissão e sentir em tua volta, quando trabalhas, o respeito profundo da sala de audiências ou o secreto recolhimento da câmara do conselho... A tarefa do advogado não conhece horário nem trégua: cada processo abre um novo caminho, cada cliente suscita um novo enigma. O advogado deve estar, ao mesmo tempo, em cem lugares, bem como o seu espírito deve seguir ao mesmo tempo cem pistas. É aos clientes e não a ele que pertencem as suas horas noturnas e que são talvez aquelas em que atormentadamente congemina os mais preciosos argumentos. Ele, advogado, é, material e espiritualmente, o protótipo de irrequieto sempre alerta e enquanto tu és, ó Juiz, a olímpica imobilidade, que sem pressa espera"...

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